terça-feira, 29 de julho de 2008

Atrite-se

Eu na Serrinha - by Suzana - 07/08



"Ninguém muda ninguém; ninguém muda sozinho; nós mudamos nos encontros.
Simples, mas profundo, preciso. É nos relacionamentos que nos transformamos. Somos transformados a partir dos encontros, desde que estejamos abertos e livres para sermos impactados pela idéia e sentimento do outro.
Você já viu a diferença que há entre as pedras que estão na nascente de um rio, e as pedras que estão em sua foz? As pedras na nascente são toscas, pontiagudas, cheias de arestas. À medida que elas vão sendo carregadas pelo rio, sofrendo a ação da águae se atritando com as outras pedras,ao longo de muitos anos, elas vão sendo polidas, desbastadas. Assim também agem nossos contatos humanos.Sem eles, a vida seria monótona, árida.
A observação mais importante é constatar que não existem sentimentos, bons ou ruins, sem a existência do outro, sem o seu contato. Passar pela vida sem se permitir um relacionamento próximo com o outro, é não crescer, não evoluir, não se transformar. É começar e terminar a existência com uma forma tosca, pontiaguda, amorfa.
Quando olho para trás, vejo que hoje carrego em meu ser várias marcas de pessoas extremamente importantes. Pessoas que, no contato com elas, me permitiram ir dando forma ao que sou, eliminando arestas, transformando-me em alguém melhor, mais suave, mais harmônico, mais integrado. Outras, sem dúvida, com suas ações e palavras me criaram novas arestas, que precisaram ser desbastadas. Faz parte... Reveses momentâneos servem para o crescimento. A isso chamamos experiência.
Penso que existe algo mais profundo, ainda nessa análise. Começamos a jornada da vida como grandes pedras, cheias de excessos. Os seres de grande valor, percebem que ao final da vida, foram perdendo todos os excessos que formavam suas arestas,se aproximando cada vez mais de sua essência, e ficando cada vez menores, menores, menores... Quando finalmente aceitamos que somos pequenos, ínfimos, dada a compreensão da existência e importância do outro, e principalmente da grandeza de DEUS, é que finalmente nos tornamos grandes em valor.
Já viu o tamanho do diamante polido, lapidado? Sabemos quanto se tira de excesso para chegar ao seu âmago. É lá que está o verdadeiro valor... Pois, DEUS fez a cada um de nós com um âmago bem forte e muito parecido com o diamante bruto, constituído de muitos elementos, mas essencialmente de AMOR. DEUS deu a cada um de nós essa capacidade, a de AMAR... Mas temos que aprender como. Para chegarmos a esse âmago, temos que nos permitir, através dos relacionamentos, ir desbastando todos os excessos que nos impedem de usá-lo, de fazê-lo brilhar.

Por muito tempo em minha vida acreditei que amar significava evitar sentimentos ruins. Não entendia que ferir e ser ferido, ter e provocar raiva, ignorar e ser ignorado faz parte da construção do aprendizado do amor. Não compreendia que se aprende a amar sentindo todos esses sentimentos contraditórios e... os superando.
Ora, esses sentimentos simplesmente não ocorrem se não houver envolvimento... E envolvimento gera atrito. Minha palavra final: ATRITE-SE!Não existe outra forma de descobrir o AMOR. E sem ele a VIDA não tem significado."
Roberto Crema
– Presidente do Colégio Internacional dos Terapeutas – UNIPAZ.
Eu precisaria de muito espaço para colocar o nome de todas as pessoas que ja passaram pelo meu caminho... mas cada uma delas ao ler esse texto sabera que deixou marcas na minha vida e me ajudou a enfrenta-la com sabedoria...

segunda-feira, 28 de julho de 2008

7º Festival de Arte Serrinha

A arte na Serrinha - by Renata - 07/08

Comecei a tomar conhecimento a respeito do Festival de Arte da Serrinha logo na sua primeira edição, através da Regina, mãe dos irmãos Delduque, Fábio e Marcelo, idealizadores do festival.

Desde então, falo que vou passar pela fazenda no mês de julho para participar de alguma oficina, workshop ou simplesmente ficar à toa por lá. Claro que isso acabava não sendo possível e ficava a promessa de que no próximo ano eu iria.

Agora, que o mês de julho está acabando e o festival também, posso dizer que fui até lá e que passei momentos inesquecíveis naquela fazenda. Fiquei de 6 a 11 de julho e voltei no dia 26 para ver mais uma vez aquela paisagem maravilhosa e quais transformações haviam acontecido no intervalo de 15 dias.

Participar do festival é uma experiência marcante até mesmo para aqueles que vão lá apenas para observar, como foi o meu caso.

As pessoas são maravilhosas e isso torna o ambiente muito mais acolhedor do que se possa imaginar.
As horas passam rapidamente, ao mesmo tempo em que se arrastam, mas nunca há tédio. O simples fato de você ficar deitada na grama olhando o céu ou apreciando as manifestações artísticas que acontecem sem parar a sua volta, tornam o dia repleto de vivências novas.

O ateliê fica pequeno para tantos artistas, que saem com seus pincéis e telas para os arredores dele. As tintas se misturam com o verde da natureza formando um colorido indescritível.

O olhar de todos é aguçado por tantas coisas belas que a própria natureza oferece e coloca diante dos nossos olhos sem precisar fazer força. As interferências que acontecem no espaço, não machucam a natureza, pelo contrário, buscam agradá-la e reverenciá-la.

A natureza é tratada como merece, com cuidado, carinho, atenção e por isso ela responde com suas matas, flores, cores e o silêncio que faz bem aos ouvidos. O canto dos pássaros é uma arte a parte dentro desse imenso e silencioso verde.

A arte está presente em todos os lugares. Quando vamos tomar um café, por exemplo, somos brindados com um cuidado e um carinho na apresentação de cada prato que é servido. Tudo é feito para que você se sinta bem e queira voltar, ou melhor, não queira sair de lá.

Nada se repete, tudo se renova ou é criado e as marcas de quem passou por lá vão ficando e tornando o espaço cada vez mais convidativo e iluminado.
Deixo aqui registrado o meu agradecimento pela forma como fui acolhida nessa 7ª edição do festival... Regina, tia Lucy, Fábio, Marcelo, Marina, Junior, Marcela, Flor, Peetsa, Alex, Cida, Oswaldo, Dudi, Bené, Lica, Carlão, Reginaldo e tantas outras pessoas que estiveram por lá na mesma época que eu.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Inspiração


Na Fazenda Serrinha - by Suzana - 07/08

Estranho pensar que mesmo tendo feito várias coisas interessantes nesse início de férias, nao consigo inspiração para escrever.

Mil fotos tiradas.........mil lugares visitados.........muita gente nova no meu caminho.......

Por hora fica só o registro da falta de inspiração.....mas sei que em breve ela aparecerá e poderei colocar aqui as minhas vivências desses últimos 15 dias.