sábado, 9 de fevereiro de 2008

Carnaval


Minha irmã com fantasia de índia - Carnaval/1973

O Carnaval passou, mas trouxe à tona algumas lembranças de outros tempos.
Quando era criança, Carnaval significava brincar na rua, jogar água nos carros que passavam com vidro aberto e sair correndo para se esconder, ir a algum clube fantasiada para se divertir com confete e serpentina.
Essas aventuras aconteciam em São Vicente, onde geralmente passava as férias, ou na matinee do Clube Pinheiros em São Paulo.
As marchinhas que tocavam sem parar nas rádios ou nos bailes eram quase sempre as mesmas, mas faziam todo sentido e todos sabiam de cor e salteado a letra das músicas.
Eu cresci e os interesses mudaram... Carnaval passou a ser sinônimo de possibilidade de ficar com alguém, mas sempre com esperança de que não fosse só no carnval.
Nessa época o gostoso eram os bailes do interior e eu fui durante muitos anos para Avaré, com umas amigas minhas...grandes amigas...
Lá era delicioso, conhecíamos todos na cidade e a paquera rolava solta. Foram bons tempos e que deixaram boas recordações.
Hoje, não gosto muito de carnaval. Meus filhos nunca curtiram essa história de colocar fantasia e ir a algum baile, de forma que a coisa foi perdendo o significado dentro da família.
Hoje o carnaval passa como um feriado qualquer, não mudo minha rotina e evito viajar porque os lugares ficam muito cheios e São Paulo fica uma delícia.

Agora vou colocar uma dessas marchinhas marcantes..........que foi composta pelo meu tio-avô.

Ta-Hi

Joubert de Carvalho

Tahi
Eu fiz tudo
Pra você gostar de mim
Oh! Meu bem
Não faz assim comigo não
Você tem, você tem
Que me dar seu coração
Meu amor não posso esquecer
Se dá alegria
Faz também sofrer
A minha vida foi sempre assim

Só chorando as mágoas
Que não tem fim
Essa história
De gostar de alguém
Já é mania
Que as pessoas tem
Se me ajudasse
Nosso senhor
Eu não pensaria
Mais no amor.